29.6.09
Bem-casado
-Pega um.
-Que delícia.
-Hum! Um abuso.
-Estou me sentindo tão...tão bem agora.
-Valeu mais que uma trepada homérica.
Risos. (Eu e Lili comendo bem-casado)
-Que delícia.
-Hum! Um abuso.
-Estou me sentindo tão...tão bem agora.
-Valeu mais que uma trepada homérica.
Risos. (Eu e Lili comendo bem-casado)
28.6.09
27.6.09
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e se tu insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?
…Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!! (Zé da Luz)
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e se tu insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?
…Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!! (Zé da Luz)
25.6.09
O circo
"Quando a noite vem
Um verão assim
Abrem-se cortinas, varandas, janelas
Prazeres, jardins
Onze e meia alguém
Concentrado em mim
No espelho castanho dos olhos
Vê finalidades sem fins
Não lhe mostro todos os bichos
Que tenho de uma vez
Armo o circo com não mais
Do que uns cinco ou seis
Leão, camelo, garoto, acrobata
E não há luar
E os deuses gostam de se disfarçar"(O Circo - Orlando Morais - Antônio Cícero)
Ps.: Na voz da Bethânia...
Um verão assim
Abrem-se cortinas, varandas, janelas
Prazeres, jardins
Onze e meia alguém
Concentrado em mim
No espelho castanho dos olhos
Vê finalidades sem fins
Não lhe mostro todos os bichos
Que tenho de uma vez
Armo o circo com não mais
Do que uns cinco ou seis
Leão, camelo, garoto, acrobata
E não há luar
E os deuses gostam de se disfarçar"(O Circo - Orlando Morais - Antônio Cícero)
Ps.: Na voz da Bethânia...
Design
Aprendi a ler teus cílios grandes
respirar tua pele jambo
ser leve e insano
Meu medo é
real
vertical
amoral
Irracional é a
chuva
a madrugada
fumaças.
O tempo é
fatiado
mastigado
denteado
Dois e dois são
cinco
sou tímido
e agressivo. (Sérgio Roberto)
respirar tua pele jambo
ser leve e insano
Meu medo é
real
vertical
amoral
Irracional é a
chuva
a madrugada
fumaças.
O tempo é
fatiado
mastigado
denteado
Dois e dois são
cinco
sou tímido
e agressivo. (Sérgio Roberto)
Diálogos gostosos
-Existe felicidade?
-Quem sabe.
-Alguém deve saber. Tu sabes?
-Não. Acho que não. (Sérgio Roberto e participação especial)
-Quem sabe.
-Alguém deve saber. Tu sabes?
-Não. Acho que não. (Sérgio Roberto e participação especial)
24.6.09
"...descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas..." (Gabriel García Márquez)
A dor é de quem tem
"...no compasso da desilusão...desilusão, desilusão, danço eu ,dança você na dança da solidão..."
23.6.09
22.6.09
Eu
Eu nunca entendi muito bem a essência das coisas inteiras. Eu buscava uma leveza que estava sempre atrás do pensamento. Inalcansável. E isso me castigava dentro de todas as possibilidades ínfimas de redenção. Eu trago um peso no estômago, muitas vezes insuportável, feito de um vazio doído e de uma ânsia selvagem de querer ser. E confronto minha instabilidade malabarista com uma força insana, física, que me escapa ao corpo sem eu se quer reagir. Eu tenho adubado um pavor transparente diante da minha lúcida consciência de que sou fraco, vulnerável e frágil. A árvore tem dado frutos tortos, tristes, maltratados. Depois de uma longa estiagem, há esperança de dias felizes? A vida tem ensinado que sim. (Sérgio Roberto)
Contexto
Estou na terceira xícara de café
O cinzeiro coberto de cinzas e pontas de cigarros
A sala vazia
A janela aberta
Barulho de carros
E várias estrelas cicatrizando a madrugada
Amanhecer dói. (Sérgio Roberto)
O cinzeiro coberto de cinzas e pontas de cigarros
A sala vazia
A janela aberta
Barulho de carros
E várias estrelas cicatrizando a madrugada
Amanhecer dói. (Sérgio Roberto)
Diálogos gostosos
-O mar é perigoso mas é bonito.
-Perto do mar tudo é bonito. (Sérgio Roberto e participação especial)
-Perto do mar tudo é bonito. (Sérgio Roberto e participação especial)
20.6.09
Em cartaz
Eu tenho uma vontade besta de entrar numa tela de cinema e nunca mais sair de lá
Lá onde tudo dilata, onde os poros falam, onde tudo enquadra-se
Eu daria um beijo de cinema em alguma rua de Paris
Compraria flores em Veneza
Andaria de trem em Praga
Tomaria café em alguma cidade da Espanha
Usaria um guarda-chuva sobe o céu cinzento de Londres
Ah, eu dançaria um tango na Argentina
Fumaria um cigarro em Dublin
E assistiria o pôr-do -sol abraçado entre as pontes da linda Recife
Poderia ser preto e branco ou colorido
Poderia ser um musical ou uma comédia romântica
Poderia ser de baixo orçamento
Um fracasso de bilheterias
Minha única exigência é que fosse dentro de uma tela de cinema. (Sérgio Roberto)
Lá onde tudo dilata, onde os poros falam, onde tudo enquadra-se
Eu daria um beijo de cinema em alguma rua de Paris
Compraria flores em Veneza
Andaria de trem em Praga
Tomaria café em alguma cidade da Espanha
Usaria um guarda-chuva sobe o céu cinzento de Londres
Ah, eu dançaria um tango na Argentina
Fumaria um cigarro em Dublin
E assistiria o pôr-do -sol abraçado entre as pontes da linda Recife
Poderia ser preto e branco ou colorido
Poderia ser um musical ou uma comédia romântica
Poderia ser de baixo orçamento
Um fracasso de bilheterias
Minha única exigência é que fosse dentro de uma tela de cinema. (Sérgio Roberto)
19.6.09
Me
Inebria-me os olhos
Tua metáfora de liberdade
Desenvoltura insana e ingênua
Cabelos em danças
Teu rebolado másculo
Arranha-me o corpo
Tua barba de ontem
Os sete pecados
Lábios de carne
Tua mão em calos
Sossega-me a alma
Tua voz rouca
Sono profundo
Abraço quente
Tua palavra seca
Beija-me a boca
Tuas histórias com happy-ends
Gosto de cafés com leite
Segredos embrulhados
Tua ânsia de viver (Sérgio Roberto)
Tua metáfora de liberdade
Desenvoltura insana e ingênua
Cabelos em danças
Teu rebolado másculo
Arranha-me o corpo
Tua barba de ontem
Os sete pecados
Lábios de carne
Tua mão em calos
Sossega-me a alma
Tua voz rouca
Sono profundo
Abraço quente
Tua palavra seca
Beija-me a boca
Tuas histórias com happy-ends
Gosto de cafés com leite
Segredos embrulhados
Tua ânsia de viver (Sérgio Roberto)
18.6.09
Auto-desabafo
Muita solidão
''...um único homem perdido na noite, afundado nesse aquário de águas sujas refletindo o brilho de neon. Peixe cego ignorante de meu caminho inevitável em direção ao outro que contemplo de longe, olhos molhados, sem coragem de tocá-lo. Alto de noite, certa loucura, algum álcool e muita solidão.'' (Caio F.)
"Não é somente a Inércia culpada pela repetição dos relacionamentos humanos, caso a caso, indescritivelmente, de forma monótona e sem renovação. É a timidez diante de novas e imprevisíveis experiências para as quais acreditamos não estar preparados. Mas somente alguém que está preparado para tudo, que não exclui nada, nem o mais enigmático, vivenciará a relação com o outro como algo vivo." (R.M.Rilke)
17.6.09
Carne
Não me deixe aqui parado
trêmulo, suado
castigado pelo violento cheiro
teu
Respira, sussura, crava
e lança teu beijo de raiva
doído, quente, molhado
no meu
Arranha minhas costas
com tuas unhas roídas
e aperta e morde e grita:
és meu
Transpira, cospe, chora
cada fluido insano do corpo
teu
Prenda meu sexo
tocando-o, excitando-o, devorando-o
entre os lábios vermelhos teus
Cala, dorme e fica
Fome, sede, vício
meu. (Sérgio Roberto)
Âmbar
Tá tudo aceso em mim
Tá tudo assim tão claro
Tá tudo brilhando em mim
Tudo ligado
Como se eu fosse um morro iluminado
Por um âmbar elétrico
Que vazasse dos prédios
E banhasse a Lagoa até São Conrado
E ganhasse as Canoas
Aqui do outro lado
Tudo plugado
Tudo me ardendo
Tá tudo assim queimando em mim
Como salva de fogos
Desde que sim eu vim
Morar nos seus olhos (Adriana Calcanhoto)
Tá tudo assim tão claro
Tá tudo brilhando em mim
Tudo ligado
Como se eu fosse um morro iluminado
Por um âmbar elétrico
Que vazasse dos prédios
E banhasse a Lagoa até São Conrado
E ganhasse as Canoas
Aqui do outro lado
Tudo plugado
Tudo me ardendo
Tá tudo assim queimando em mim
Como salva de fogos
Desde que sim eu vim
Morar nos seus olhos (Adriana Calcanhoto)
16.6.09
Elídio
Quando o li pela primeira vez
as águas de março já haviam molhado abril
Para cada estação um carinho, um afeto, um açúcar
Meses, dias, horas
ele esteve]
Um diálogo no escuro
Um vazio menor
Fotografias, nuvens, viagens
ele fica]
Sensível como a pele de um pêssego maduro
De um suco forte
Vermelho essencial
ele vai]
O nome do meu travesseiro
É Elídio
Abraço-o todas as noites
ele nem sabe mas ele volta]
Eu o tenho entre dois pontos:
o delicado e o essencial
sempre, ele](Sérgio Roberto)
Para você, homem de asas, bonito e verdadeiro. Elídio, Tiago Elídio.
as águas de março já haviam molhado abril
Para cada estação um carinho, um afeto, um açúcar
Meses, dias, horas
ele esteve]
Um diálogo no escuro
Um vazio menor
Fotografias, nuvens, viagens
ele fica]
Sensível como a pele de um pêssego maduro
De um suco forte
Vermelho essencial
ele vai]
O nome do meu travesseiro
É Elídio
Abraço-o todas as noites
ele nem sabe mas ele volta]
Eu o tenho entre dois pontos:
o delicado e o essencial
sempre, ele](Sérgio Roberto)
Para você, homem de asas, bonito e verdadeiro. Elídio, Tiago Elídio.
15.6.09
Diálogos gostosos
-Seus olhos são tão seus.
-Tão meus?
- Sim. (Sérgio Roberto e participação especial)
-Tão meus?
- Sim. (Sérgio Roberto e participação especial)
É que um dia costura o outro. Há espaço demais dentro da gente. Uma noite de lua cheia, cigarros, Bethânia, e tudo descostura rompendo os botões. Eu tenho passado noites de cueca deitado no chão da sala num impulso louco de me desabotoar de você. E tudo rasga num dilema doído. São tantas linhas para pouco café. (Sérgio Roberto)
9.6.09
O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
Amigo sinhô, saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor (Canto de Ossanha
/ Baden Powell e Vinicius de Moraes)
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "tô" não tá
Porque ninguém tá quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor
Amigo sinhô, saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Pergunte pro seu Orixá
O amor só é bom se doer
Vai, vai, vai, vai, amar
Vai, vai, vai, sofrer
Vai, vai, vai, vai, chorar
Vai, vai, vai, dizer
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor (Canto de Ossanha
/ Baden Powell e Vinicius de Moraes)
- Você tem que aceitar o fato de que o amor não é para todas as pessoas.
- Isso é um sentença?
- Não. É uma verdade que machuca.
- Posso revertê-la?
- Não. Pode-se viver para outras coisas.
- Outras?
- Sim. Para a profissão, para os amigos. Viajar, fazer um mestrado, um doutorado. Vê um pôr-do-sol em Paris.
- Não quero pensar assim.
- Então, continue punindo-se.
- É mais fácil?
- Não. É mais sofrido. Depende de você. (Sérgio Roberto)
- Isso é um sentença?
- Não. É uma verdade que machuca.
- Posso revertê-la?
- Não. Pode-se viver para outras coisas.
- Outras?
- Sim. Para a profissão, para os amigos. Viajar, fazer um mestrado, um doutorado. Vê um pôr-do-sol em Paris.
- Não quero pensar assim.
- Então, continue punindo-se.
- É mais fácil?
- Não. É mais sofrido. Depende de você. (Sérgio Roberto)
5.6.09
Caio
"(...)então dirás rápido, para não desviar-te demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções." (Caio F.)
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