22.6.09

Eu

Eu nunca entendi muito bem a essência das coisas inteiras. Eu buscava uma leveza que estava sempre atrás do pensamento. Inalcansável. E isso me castigava dentro de todas as possibilidades ínfimas de redenção. Eu trago um peso no estômago, muitas vezes insuportável, feito de um vazio doído e de uma ânsia selvagem de querer ser. E confronto minha instabilidade malabarista com uma força insana, física, que me escapa ao corpo sem eu se quer reagir. Eu tenho adubado um pavor transparente diante da minha lúcida consciência de que sou fraco, vulnerável e frágil. A árvore tem dado frutos tortos, tristes, maltratados. Depois de uma longa estiagem, há esperança de dias felizes? A vida tem ensinado que sim. (Sérgio Roberto)

Um comentário:

ladyneide disse...

Amigopratodavida!!!

Existir, exige-nos um grande esforço de compreensão, de entendimento que não acaba nunca.

Quanto aos frutos... dê preferência aos 'orgânicos'... que embora não aparentam ser viçosos, nos dão o prazer e a certeza de um alimento saudável...

Ah, Eu AMO teu "EU", sabia?! (:

Beijo, queridão!!!