29.5.09

A vida é agora. Por que se enganar? Dois segundos e já passou. (Sérgio Roberto)

De novo, tudo.


"Me deixe sim

Mas só se for

Pra ir ali

E pra voltar


Me deixe sim

Meu grão de amor

Mas nunca deixe

De me amar


Agora as noites são tão longas

No escuro eu penso em te encontrar

Me deixe só

Até a hora de voltar


Me esqueça sim

Pra não sofrer

Pra não chorar

Pra não sentir

Me esqueça sim

Que eu quero ver

Você tentar

Sem conseguir


A cama agora está tão fria

Ainda sinto seu calor

Me esqueça sim

Mas nunca esqueça o meu amor


É só você que vem

No meu cantar meu bem

É só pensar que vem

Láia laia


Me cobre mil telefonemas

Depois me cubra de paixão

Me pegue bem

Misture alma e coração"

27.5.09

O que é meu é inteiro. Não compreendo as metades. Nasci para um entendimento total. (Sérgio Roberto)
Quando eu não tenho nada nas mãos, eu roubo algo do invisível. (Sérgio Roberto)
Porque no fundo, a esperança, é o parto da incerteza. É sangrando que ela nasce. (Sérgio Roberto)
A dor é a moldura. O desespero é a tela. A cor quem dá é você. (Sérgio Roberto)
Meu modo é dizendo. Eu falo porque sou explícito para as coisas essenciais. (Sérgio Roberto)

26.5.09

O crime

Cada contração muscular, batidas disritimadas, tremores, cada calor derramando suores. O gosto molhado da saliva quente, a respiração cravada em gemidos. A vontade de ficar. De abraçar para um preenchimento total. O olhar que corta, que desacomoda, que incita. A ereção explícita, o grito da carne, o medo de não ter volta, de refazer o já feito. Vivo. Plenamente vivo. Depois de um sono melancólico, de uma incerteza dura. De porquês sem respostas. E volto a ser criança selvagem, faminta, egoísta, cínica. E temos medos, mas queremos, E temos receios, mas fazemos. E queremos o amor, que nunca temos. É uma necessidade quase mórbida de ser amado, desejado, devorado. E cada sinapse é preenchida por pensamentos ácidos, quentes, de uma tontura branca. E ficam, incomodam, despertam a insônia, tira o apetite, seca a boca, rasga as entranhas e com mãos trêmulas, sujas, tentamos arrancar o que frio nos causa. Não somos fortes. Na cena pré-fim, o crime diz não compensar. É a insensatez de sabor doce. Eu quero. Inteiro, quebrado, acordado. Estou só, sentado num cavalo de carrossel enferrujado com resquícios de um amarelo escuro. Só. É assim que giramos entre verdades doídas. Eu tenho agora, duas digitais. O cheiro. A vida tem cheiro. Esse é o gosto do crime. Assim é a vida. (Sérgio Roberto)

13.5.09

Estreia nos palcos. Texto primoroso, denso e complexo. Medeia de Eurípides. Registro aqui minha satisfação. Com alegria.

12.5.09

A imaturidade é patética e a maturidade uma chatice. (Sérgio Roberto)
"A cabeça encostada no travesseiro, espiava o dia crescendo...
- Hoje é domingo - disse.
- Dia de dormir até tarde - e dormiu. " (Caio Fernando Abreu)
Há sempre alguma janela nas paredes, ainda que pequenina. (Rita Apoena)
Estou magoado por dentro. É um gosto triste de desapontamento.(Sérgio Roberto)
..."disse que tinha prazer em apontar as falhas das pessoas e humilhá-las para manter seu sentimento de falso poder e controle"...

4.5.09

Sou explícito e angustiado. (Sérgio Roberto)
Inconstante, Inquieto, Impulsivo e Intenso...

Sim

Eu disse a uma amiga:
- A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
- Mas lembre-se de que você tabém superexige da vida.
Sim. (Clarice Lispector)
"...procuro palavras para definir o que sinto e não encontro. Talvez elas nem se quer existam, talvez seja apenas o fluxo mais forte de vida abrindo os sentidos, embrutecendo o raciocínio..." (Caio F.)
Sinto uma convicção totalmente minha, que julgo inteira, de que sem o amor pouquíssimas coisas fazem sentido. (Sérgio Roberto)
"Eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo!" (Caio F.)
"...todo atalho finda em seu sorriso nu..."

1.5.09

Caminhos do Coração
(Gonzaguinha)

"Há muito tempo que eu saí de casa
Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis, e assim eu sou feliz

Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo, um canto prá dormir e sonhar

E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá
E é tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho por mais que pense estar

É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate, bem mais forte o coração"