17.6.09

Carne




Não me deixe aqui parado
trêmulo, suado
castigado pelo violento cheiro
teu

Respira, sussura, crava
e lança teu beijo de raiva
doído, quente, molhado
no meu

Arranha minhas costas
com tuas unhas roídas
e aperta e morde e grita:
és meu

Transpira, cospe, chora
cada fluido insano do corpo
teu

Prenda meu sexo
tocando-o, excitando-o, devorando-o
entre os lábios vermelhos teus

Cala, dorme e fica
Fome, sede, vício
meu. (Sérgio Roberto)


3 comentários:

ladyneide disse...

Eu diria tratar-se das tais 'borboletinhas no estômago', rs...se não fossem as lavas que escorrem palavras e sentimentos tão típicos de um 'arretado' vulcão em erupção... *---*

Beijo grande, meu poeta-Sandes!!!

Tiago Elídio disse...

intenso! =)

Sérgio Roberto Sandes disse...

Solzão meu! Conhece-me de olhos fechados...Amo-te.