I
M
P
O
T
E
N
T
E no chão. Preso num ângulo de 90 graus.(Sérgio Roberto)
29.4.09
25.4.09
Sorri
Djavan
Composição: Charles Chaplin/G.Parson/J. Turner - versão: Braguinha
Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
Djavan
Composição: Charles Chaplin/G.Parson/J. Turner - versão: Braguinha
Sorri
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
Sorri
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
Sorri
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
Sorri
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz
24.4.09
Meu coração é grande
Eu e você
De costas para o mundo
De frente para o mar
Cílios balançam
Meu braço em teu ombro
[a descansar]
Poucas palavras
Meu coração é grande
O vento ensina a areia a dançar
É tanto silêncio
És meu cúmplice
Ninguém me rouba
O deleite de te olhar (Sérgio Roberto)
De costas para o mundo
De frente para o mar
Cílios balançam
Meu braço em teu ombro
[a descansar]
Poucas palavras
Meu coração é grande
O vento ensina a areia a dançar
É tanto silêncio
És meu cúmplice
Ninguém me rouba
O deleite de te olhar (Sérgio Roberto)
21.4.09
Chega de sublinhar o óbvio. Isso é antagônico à leveza. Pontuar a dor, as frustrações, a tristeza é um processo masoquista. Há uma doce melodia para o caos. É questão de persistência incessante. O conformismo converge para o desespero maior. Evite-o. Com toda força. Às vezes basta um suspiro. Há um alívio no respirar. (Sérgio Roberto)
20.4.09
Lúcido e triste
O desespero me engoliu. O medo implacável colou-se ao vazio. São um só e estão vivos dentro de mim. Eles me comem sem fome.Tenho perdido todos os dias. Estou no fundo, alí no escuro. Se quer vejo luz na ausência. Meus ossos doem. Meu corpo dói. Minha alma pesa. Eu sou uma ironia triste impotente dentro do meu sofrimento. As respostas que tenho não satisfazem. Eu ando. É bem verdade que eu ando. Lúcido e triste. Daqui do abismo, sem forças para subir, eu vejo o que eu queria e sinto o que tenho. Eu queria o maior dos colos e um olhar cúmplice. Eu tenho a vida. Ando salgando a vida. Minha tristeza é salgada. Tenho sede de água. Água viva. (Sérgio Roberto)
19.4.09
Socorro
Socorro
Composição: Arnaldo Antunes/Alice Ruiz
Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...
Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...
Composição: Arnaldo Antunes/Alice Ruiz
Socorro!
Não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar
Nem pra rir...
Socorro!
Alguma alma mesmo que penada
Me empreste suas penas
Já não sinto amor, nem dor
Já não sinto nada...
Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena, qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...
Socorro!
Alguma rua que me dê sentido
Em qualquer cruzamento
Acostamento, encruzilhada
Socorro!
Eu já não sinto nada...
Socorro!
Não estou sentindo nada [nada]
Nem medo, nem calor, nem fogo
Nem vontade de chorar
Nem de rir...
Socorro!
Alguém me dê um coração
Que esse já não bate
Nem apanha
Por favor!
Uma emoção pequena qualquer coisa!
Qualquer coisa que se sinta...
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva
Qualquer coisa que se sinta
Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva...
15.4.09
13.4.09
11.4.09
9.4.09
"...no caminho que ninguém caminha..."
Alta noite já se ia, ninguém na estrada andava
No caminho que ninguém caminha, alta noite já se ia
Ninguém com os pés na água
Nenhuma pessoa sozinha ia
Nenhuma pessoa vinha
Nem a manhãzinha, nem a madrugada
Nem a estrela-guia, nem a estrela d'alva
Alta noite já se ia, ninguém na estrada andava
No caminho que ninguém caminha, alta noite já se ia
Ninguém com os pés na água
Nenhuma pessoa sozinha ia
Nenhuma pessoa vinha
Nem a manhãzinha, nem a madrugada
Nem a estrela-guia, nem a estrela d'alva
Alta noite já se ia, ninguém na estrada andava
No caminho que ninguém caminha, alta noite já se ia (Arnaldo Antunes)
8.4.09
Sempre sei, realmente. Só o que eu quis, todo o tempo, o que eu pelejei para achar, era uma coisa só - a inteira - cujo significado e vislumbrado dela eu vejo que sempre tive. A que era: que existe uma receita, a norma dum caminho certo, estreito, de cada uma pessoa viver - e essa pauta cada um tem - mas a gente mesmo, no comum, não sabe encontrar; como é que, sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? (João Guimarães Rosa)
Que isso foi o que sempre me invocou, o senhor sabe: eu careço de que o bom seja bom e o ruim ruim, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! Quero os todos pastos demarcados... Como é que posso com este mundo? Este mundo é muito misturado. (José Guimarães Rosa)
5.4.09
3.4.09
2.4.09
A solidão e sua porta
Quando mais nada resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(Nem o torpor do sono que se espalha)
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
Do mundo que te foi contraditório
Lembra-te que ainda te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório. (Carlos Pena Filho)
Quando mais nada resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar
(Nem o torpor do sono que se espalha)
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar
Deixando-te sozinho na batalha
A arquitetar na sombra a despedida
Do mundo que te foi contraditório
Lembra-te que ainda te resta a vida
Com tudo que é insolvente e provisório
E de que ainda tens uma saída
Entrar no acaso e amar o transitório. (Carlos Pena Filho)
Drummond e o Amor
Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã. (Carlos Drummond de Andrade)
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã. (Carlos Drummond de Andrade)
1.4.09
Drummond e a falta
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência,
essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim. (Carlos Drummond de Andrade)
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência,
essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim. (Carlos Drummond de Andrade)
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