8.8.07

Cinzeiro


Apoio o cigarro sobre teu olho oval em lacunas meia-lua na tua lateral.

Deixo-o sujar-te com cinzas quentes até sumirem entre o vento.

Recomponho-me, trazendo teu amigo até minha boca novamente.

Respiro o corpo alheio em uma tragada lenta,sem algemas.

Exalo a fumaça branca e apago em ti o que depositei nele de esperança.

Acendo outro imediatamente cometendo o pecado da inveja.

Você sempre o tem do início ao fim,eu só o tenho quando ele está aceso em mim. (Sérgio Roberto)

Nenhum comentário: