5.8.07

Chuva-lágrimas


Chuva-lágrimas

No vidro embaçado da janela solitária

Deslizavam as chuva-lágrimas

Do lado de fora, no rosto seu,caíam algumas gotas chuva-mulheres

Do lado de dentro, no rosto meu,secavam as salgadas-lágrimas

Abri a janela sua e todas as lágrimas murcharam

Fechei a janela minha e a chuva molhou minha face com lágrimas.(Sérgio Roberto)

2 comentários:

Nercy Luiza Barbosa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nercy Luiza Barbosa disse...

Estranho... Ontem escrevi essa frase: Porque estou frágil como uma vida. Nesse momento preciso da pausa e das lágrimas.

E agora me deparo com teu texto denso e salgado escorrendo de ti e de mim.

Estamos vivos, e "vivo é uma alegria mansa".