27.8.09

Sorrio, então.

"...se estendo a mão, no meio da poeira dentro de mim, posso também tocar em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome." (Caio Fernando Abreu)
"Eu fico no meu canto e não me exponho embora ponha a alma na janela. Eu fico de vigília e não me espanto mas cuido de observar e às vezes canto." [Marina Colasanti]

4.8.09

Sim, há de ter...

Eu encosto a cabeça na janela do ônibus e fico pensando que há de ter algo mais: mais amor, mais encontros, mais acasos, mais paixões, mais oportunidades, mais carinho. Há de ter mais um pouquinho. (Sérgio Roberto)

De virada desço o queixo e rio amarelo

"...Vou viajar lá longe tem
O coração de mais alguém..."

1.8.09

Diálogos gostosos

"- Eu te amo.
- Por que você me ama?
- Eu te amo porque você é meu. Eu te amo porque você precisa de amor.
- Eu te amo.
- Por que que você também me ama?
- Eu te amo porque... pra entender o nosso amor ia ser preciso virar o mundo de cabeça pra baixo. "
"Gastei quase todas as minhas fichas:
Tudo é blues, azul e dor mansinha." (Caio Fernando Abreu)
Por dentro sou tão esquisito, tão grande, tão frágil. De um exagero bonito. (Sérgio Roberto)
"Não ter pode ser bonito, descobri." (Caio Fernando Abreu)
"Acredito ainda
em certas coisas
bem limpinhas
que quero
preservar
em mim."(Caio F.)
"Temos esperanças novinhas em folha todos os dias." (Caio F.)
Um ponto importante:
ir, sobretudo em frente. (Caio F.)
"Amor? Não sei.
É meio paranóico,
parece uma coisa
para enlouquecer
a gente
devagar." (Caio F.)
"...azul, azul, inteiramente azul, azul clarinho, quase transparente, azul de água clara com pedrinhas no fundo..." (Caio F.)
"Alegria é feita de pó.
Suspiro então. "
"Quero
um instante
assim
barroco."(Caio F.)
"Por trás disso, há muito amor. Amor Louco." (Caio F.)
Há uma esperança insistente, que faz a gente acordar de manhã e acreditar que algo bom vai chegar pelos correios, pelo destino, pelas janelas, enfim, vai chegar: amanhã, depois ou muito tempo depois. (Sérgio Roberto)
"Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha à mim com corpo, alma, vísceras, tripas e falta de ar.. "(Caio Fernando Abreu)